Gênero: Power Metal

SOBRE O ÁLBUM:

Boa parte de sua fama veio por ter trabalhado com a lenda Ozzy Osbourne, mas foi através do FIREWIND (junto com o Dream Evil e seus álbuns solo) que o guitarrista grego Gus G. conseguiu mostrar ao mundo da música o que ele pode fazer. Assim como aconteceu com Ritchie Blackmore e Yngwie Malmsteen, Gus G é o guitarrista principal no qual vocalistas e outros músicos orbitam ao redor. Após a preocupante saída do tecladista de longa data e guitarrista número dois Bob Katsionis, Gus G decidiu que 2020 seria o ano certo para fortalecer de vez a banda deixando-a mais enxuta e poderosa. Consequentemente temos aqui o nono álbum de estúdio, e primeiro autointitulado, da banda.

Para os fãs era algo inconcebível existir um álbum do FIREWIND sem as guitarras ESP de Gus G e muito menos sem Bob Katsionis, mas aqui estamos nós e o resultado é um álbum surpreendentemente revigorante e forte. Especialmente pelo trabalho do novo vocalista, Herbie Langhans, que adiciona uma nova textura ao som da banda.

"Com Herbie, sinto que estamos relançando o elenco original do Firewind, porque seu estilo de canto tem uma certa semelhança com o de Stephen Fredrick, nosso primeiro vocalista", comenta Gus. A voz áspera e poderosa de Langhans, de fato, tem sim algumas semelhanças com Fredrick e seu estilo Graham Bonnet, e talvez tenha sido esse nostálgico déjà vu que inspirou Gus a finalmente chamar um álbum simplesmente "Firewind".

Felizmente, as mudanças estão apenas limitadas à entrada do novo vocalista e à ausência de teclados nas faixas, pois ainda estão presentes a bateria devastadora de Johan Nunez e o crucial baixo do outro membro fundador Petros Christodoulidis.

Mas, como acontece muitas vezes na vida, as mudanças chegam para o melhor. Neste álbum, a banda parece ter encontrado o ponto ideal na fórmula de suas composições. Os álbuns anteriores eram fortemente influenciados pela fase do Malmsteen neoclássico, porém "Firewind" finalmente alcançou aquele equilíbrio que a banda buscou, com um Power Metal poderoso e acessível do século 21 colocando a magia da guitarra principal estrategicamente da maneira e nos lugares corretos. Se consideramos a discrição como um valor a ser destacado, este álbum com certeza ganhará várias medalhas. Break Away é apenas um pequeno exemplo, onde a música é estruturalmente sólida o suficiente para se destacar pelos seus próprios méritos e, ainda assim, possui poucas sessões de guitarra nela. Já Overdrive parece fazer parte do álbum "Heaven and Hell" do Sabbath e mostra que a banda tem total habilidade de fazer uma música para bater cabeça. Quando perguntado sobre esta faixa, Gus comentou: "Essa foi uma nova direção para mim. A música deveria ser apenas um pequeno bônus, mas ganhou vida própria e estava indo tão bem que tinha que estar no álbum". O álbum termina com Kill the Pain, que é uma espécie de Kill the King do Rainbow sob o efeito de metanfetamina. Esta música leva o Herbie aos limites vocais e é uma maneira infernal e perfeita de encerrar um grande, barulhento e bombástico álbum como este.

Em síntese: um álbum do qual Gus G, a banda em geral e os antigos e novos fãs podem ficar muito orgulhosos.

Um lançamento da Valhall Music com distribuição exclusiva da Shinigami Records.

TRACK LIST

1.  Welcome To The Empire
2.  Devour
3.  Rising Fire
4.  Break Away
5.  Orbitual Sunrise
6.  Longing To Know You
7.  Perfect Stranger
8.  Overdrive
9.  All My Life
10.  Space Cowboy
11.  Kill The Pain

Visita à banda em: https://firewind.gr/