Gênero: Thrash Metal
SOBRE O ÁLBUM:
Os ancestrais do Thrash Metal se assemelham a uma irmandade Lovecraftiana. Eles são os anciões que colocam tudo em movimento para que as vindouras gerações imitem, enquanto ainda governam olhando desde cima. Esse é o TESTAMENT que está orgulhosamente entre a mesma vanguarda que ostentou "The Big 4" e além.
Por mais de três décadas, o quinteto da Bay Area apresentou consistentemente um Metal sem adulterações, desenfreado e inquebrantável em sua forma mais pura, sem ataduras nem qualquer sinal de desaceleração. E em 2016, o TESTAMENT retornava com mais força do que nunca em seu 12° álbum de estúdio intitulado "Brotherhood Of The Snake".
"O primeiro álbum é sempre um clássico porque você está formando a banda, está totalmente envolvido, você passa pelos clubes, fica se conhecendo e escreve seu primeiro álbum ao longo de vários anos", explicava naquela época o guitarrista Eric Peterson. "Então, você é contratado e acaba entrando em um ciclo vicioso. Levamos algum tempo para fazer ’Brotherhood Of The Snake’, e ele representa as diferentes influências que vieram. Normalmente, há algumas músicas de Thrash direto. Não tínhamos tantas faixas de Thrash desde ’The Legacy’. É uma nova era".
"Eu vejo o TESTAMENT como quando começamos", acrescentava o vocalista Chuck Billy. "Tive a sorte de fazer isso por mais de 30 anos. Isso significa muito. Vamos continuar fazendo o que fazemos".
Após a turnê de divulgação do álbum "Dark Roots Of Earth" (2012), os caras começaram a escrever de forma individual no final de 2013. Entre uma rigorosa agenda de shows, novas músicas foram sendo montadas de forma orgânica. Durante o outono de 2016, eles entraram no estúdio com Juan Urteaga (Machine Head, Exodus) e rapidamente gravaram as 10 faixas que fazem parte do álbum.
"Estar separados para escrever durante alguns períodos, fez a diferença", continuava Eric. "Todo mundo trabalhou duro. Chuck realmente me surpreendeu e cantou coisas mais melódicas sobre riffs de Speed Metal. Tudo isso combinou muito bem".
"[O álbum] flui", Chuck concordava. "Há muita musicalidade acontecendo lá, e eu estava encontrando os ganchos para cada momento. Eu fui capaz de sentir isso e simplesmente me deixar levar".
O álbum começa de maneira mortal com a faixa-título. Um riff indutor de chicotada catapulta o rosnado inconfundível de Chuck. É um golpe brutal e vertiginoso que mostra o melhor da banda.
"Na verdade, foi uma das primeiras músicas que montamos", dizia o vocalista. "Assim que ouvimos a mixagem, todos pensamos: ’Uau, temos a direção que devemos seguir. É muito pesado’".
Numa outra parte do disco, a faixa ’The Pale King’ galopa em uma barragem apocalíptica de bateria e guitarra antes de culminar em um cântico inabalável. "Foi muito natural", sorria Eric. "Tem aquela vibe Old School, mas com essa energia mais nova nela. Ela nunca afrouxa. Eu amo isso!"
"Brotherhood Of The Snake" conclui com a esmagadora e também cinematográfica ’The Number Game’, que mostra todo o talento de Chuck para uma história lírica vívida.
"Na verdade, eu a escrevi com Steve ’Zetro’ Souza", lembrava ele. "Eu tinha aquele refrão e era uma daquelas coisas que tinha que ser repetida. São 14 dias e 14 noites em que esse cara está numa onda de assassinatos. Ele faz uma contagem regressiva e sua vida é baseada no número que você é. Foi uma viagem".
Um conceito fascinante surge durante muitos dos momentos-chave de "Brotherhood Of The Snake", acenando para essa raça mítica com a qual o álbum compartilha o nome.
"Existe uma conexão entre o mundo alienígena e a religião, e toda a história veio disso", explicava Chuck. "Há uma história de uma raça suméria há 6.000 anos que fez cruzadas para basicamente destronar as religiões. A terra era basicamente o lugar onde seu líder, ’O Rei Pálido’ [’The Pale King’], colocava as pessoas para serem presas e obrigadas a trabalhar nas minas em busca de ouro. Isso fez a bola rolar".
No álbum, esta "Irmandade" permanece tão poderosa como sempre foi e será. "Se um fã do TESTAMENT conhece nossa história ou acompanhou nossos últimos discos, ele ouvirá a progressão", concluiu o vocalista. "Tudo está ali, bem na sua cara. É assim que deve ser conosco".
TRACK LIST
1. Brotherhood of the Snake
2. The Pale King
3. Stronghold
4. Seven Seals
5. Born in a Rut
6. Centuries of Suffering
7. Black Jack
8. Neptune?s Spear
9. Canna-Business
10. The Number Game
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